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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

FOGO NO CERRADO

Fico indignado quando ainda no calor do trabalho em apagar um incêndio no Cerrado,  Bombeiros recomendam à população  medidas, como se  a orientação tenha algum resultado positivo, para se reduzir os riscos potenciais ao incêndio da vegetação. Esperar sucesso em uma campanha que dependa da boa educação de todos entre milhares é no mínimo uma insensatez. Será possível que ninguém  jogue uma bagana de cigarro no mato?  Anular a pironomia, um impulso primitivo e doentio,  muito presente entre o povo? Revolta-me ainda quando a autoridade diz que vai haver perícia para desvendar se o incêndio foi criminoso. Tem-se notícias de alguém processado por colocar fogo no mato? Tudo enrolação. Constata-se, a olhos vistos, que  a conservação do Cerrado por órgãos estatais se mostra inviável. 
No DF a situação do nosso patrimônio florístico é deveras calamitosa, principalmente, devido aos incêndios florestais em áreas raleadas de vegetação ou invadidas por capins exóticos. Vamos a um exemplo: o fogo em locais de cerrado stricto sensu preservada e sem capins exóticos invasores,  os prejuízos à vegetação pode ser considerado nulo. Haverá continuidade da sucessão  e até algumas plantas só alcançam seu pleno desenvolvimento após um incêndio. Saliento também que nessas áreas conservadas os incêndios são menores em termos de produção de calor e os intervalos entre um e outro são maiores.  
Já nos sítios invadidos pelos capins exóticos, a alta temperatura desses incêndios é insuportável aos indivíduos novos, prejudicando a sucessão, e também mata espécimes adultos, desbastando o local. bem como é reduzido o intervalos entre incêndios, que passa a ser anual.
No próximo post, modestamente, darei algumas sugestões à preservação do Cerrado.

Abaixo imagens de 13/08/2015 Arboreto da UnB/613 norte


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