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sábado, 19 de setembro de 2015

DESMATAMENTO ZERO

Leio na coluna de Marcelo Leite (Folha de São Paulo, 14.09.2015) que um conjunto de ONGs de credibilidade reconhecida, encaminham, neste mês de setembro, sugestões ao governo federal que visam o desmatamento zero em todo Brasil durante dez anos. Advertem ao governo das consequências nefastas causadas pelo desmatamento, principalmente as alterações climáticas. Temperaturas extremas, secas e chuvas torrenciais, inviabilizarão, economicamente, em futuro próximo, a produção de importantes commodities da agropecuária. 
Os ambientalistas querem leis mais duras e abrangentes, porém não é por falta de leis que a degradação de nossos biomas é um problema inexorável, e sim, não cumpri-las. Vejamos o exemplo do DF, uma área relativamente pequena, em que a estrutura governamental, tanto em termos de pessoal quanto financeiro é razoável e não se consegue bons resultados, haja visto invasões para moradias em locais de preservação ambiental, rios podres e a degradação do Cerrado como todo. Já em nível nacional a situação é ainda mais caótica: pouca fiscalização e ainda agravada pela corrupção instalada em todos níveis da administração.
Não há outra saída. Temos que encontrar soluções plausíveis. É exitoso municipalizar o debate às prioridades das questões ambientais. Trazer à política municipal e focar com a devida importância esses problemas. Atualmente vejo cidades em que grande parte de sua decadência é resultado da degradação ambiental e apenas candidatos a prefeito sem chances de serem eleito abraçam o tema como de grande valor. Aos políticos que terão como plataforma principal o meio ambiente recomenda-se estudar o assunto com profundidade visando credibilidade às suas propostas e  não se apresentar, perante ao eleitor, com um discurso de candidato piegas ou exótico.

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