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sábado, 8 de agosto de 2015

AINDA O JAMELÃO

Em post anterior dei prioridade aos atributos negativos do jamelão, poderia ter escrito mais sobre suas boas qualidades e quero me redimir.  A fruta é vistosa, tem um bom sabor e a árvore produz uma grande safra, se não fosse sua fácil e rápida deterioração teria um significativo valor comercial. Um dia, matutando como aproveitá-la, resolvi fazer um molho de sua polpa para uma carne assada; achei agradável aos olhos e ao paladar. Penso em preparar um strogonoff  com esse molho. Na Região Centro Oeste era desconhecidas até pouco tempo; para se ter uma ideia, em 1965, meu pai trouxe para Brasília uma muda da Paraíba para plantar na sua chácara. Esse espécime paraibano ainda existe e deu origem a mata ciliar quase pura de jamelão que ora ocorre em um trecho às margens do rio Ponte Alta, zona rural do Gama.
Em Brasília, no Plano Piloto, foram plantadas duas variedades de jamelão, uma que tem frutos mais ácidos e pé maior e a tradicional. A variedade ácida produz o ano todo. A tradicional tem duas safras, uma em agosto/setembro e outra em dezembro/janeiro. Os frutos da primeira safra são mais doce devido maior incidência de sol na região nessa época. Um bom ponto de colher jamelão no Plano Piloto é a área verde entre as SQN 216/416 e o lago Paranoá. 
Destaco que o jamelão produzido na Caatinga tem melhor sabor que o colhido aqui no Centro Oeste.  As condições climáticas da Caatinga não permite que ela se comporte como invasora. Já no litoral nordestino presenciei a invasão do jamelão com gravidade igual ou maior que no DF.



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