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sexta-feira, 24 de julho de 2015

ARTESANATO: SEMPRE-VIVAS E OUTRAS


Logo após o golpe militar de 1964, Brasília esteve numa crise profunda. A construção civil  que era a maior empregadora parou, obrigando a população tentar outro meio de vida. 
Quando surgia um boato que em certo local fora encontrado cristal de rocha, afluíam milhares de homens. Ainda adolescente visitei   uma dessas aglomerações para ajudar  um vizinho na venda de pão e cachaça. Fiquei entusiasmado, só não voltei no outro dia com picareta e pá. porque minha família impediu. O sonho de encontrar cristais era tão contaminante que no cerrado ao redor do Gama observava-se centenas de cisternas de até 10 m de fundura; trabalho inútil, pois não houve  notícias de nenhuma pedra achada. Todos caíram no que os garimpeiros chamam de blefe.
Nessa época observei vizinhos trabalhando na coleta de flores, folhas e frutos do cerrado usados em artesanato e fitoterapia e os segui. Ganhava pouco dinheiro, mas tinha comprador certo. As aventuras, concomitantemente ao trabalho, eram gratificantes e adquiri o bom costume de andar no cerrado.  As principais espécies coletadas eram as sempre-vivas, folha-moeda, articum-da-mata, arnica e erva-cidreira-do-campo.
Comparando hoje e aquela época, constato que esses coletores deixaram raras, espécies que eram abundantes no cerrado do DF.






folha-moeda



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