A remoção de construções ilegais na orla do Lago Paranoá em Brasilia é visto com simpatia pela maioria da população. O ponto de partida exigindo a derrubada foi uma decisão judicial , porém, o apoio do povo empoderou o governo para uma ação que há muito tempo esteve em pauta, mas nunca realizada.
Antes do início dessa operação, o governo era acusado de perseguir apenas as construções ilegais de gente pobre. Com a ação no Lago esse paradigma foi quebrado e o governo ganha musculatura política e maior legitimidade ao combate às construções ilegais, praga de difícil debelação, que atinge todo DF.
Visto pela argumentação acima escrita, a ação foi positiva em todos sentidos, porém não nos enganemos, a questão da degradação ambiental nos locais da remoção, que certamente ocorrerá, será grave. O governo, no meu entendimento, não reúne condições de recuperar e manter ambientalmente essas áreas corretamente. A sujeira vai imperar. A invasão de espécies vegetais exóticas prosperarão, principalmente da perigosa leucena.
Ao meu ver, a única solução plausível é permitir estabelecimentos comerciais, compatíveis ao local, nos atuais lotes residenciais da beira do Lago Paranoá. Essa transformação trará empregos, investimentos, conservação ambiental e segurança. Vamos ao debate.
Campinas-SP leucenas tomam conta das margens da Avenida Orosimbo Maia, perto da Norte-Sul (Foto: Augusto de Paiva/AAN
domingo, 30 de agosto de 2015
terça-feira, 25 de agosto de 2015
A SURPREENDENTE RESISTÊNCIA DA FLORA DO CERRADO 2
Fotos de uma espécie de uma Bignoniaceae de nome que desconheço e um pé de araçá-cinzento ao meio do capim braquiária e mais espécies brotadas após incêndio.
Bignoniaceae
Bignoniaceae
ARAÇÁ-CINZENTO
CATUABA
CATUABA
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
A SURPREENDENTE RESISTÊNCIA DA FLORA DO CERRADO 1
Fotos de minha autoria feitas em outubro de 2012, um mês após um incêndio no Arboreto da UnB, quadra 615 norte. Estas fotos mostram o rápido brotamento de espécies herbáceas a partir dos xilopódios*.
*: tubérculo lenhoso e gemífero de certos vegetais. No Cerrado os xilopódio mostram com clareza sua fenomenal funcionalidade após uma queimada.
VIA DAS FLORES BRANCAS, (CAGAITEIRAS E PEQUIZEIROS) ANTIGA HI-104 SUL (QI 27 A DF-001)
Com o avanço da degradação paulatina das áreas de Cerrado do DF faz-se urgente pensar em medidas efetivas à sua conservação, restauração e reflorestamento. As práticas de manejo aplicadas pelo poder público à defesa das Reservas Ambientais necessitam de mudanças drásticas.
Darei o exemplo do Parque 212/213 norte, implantado recentemente: Esse parque foi bem cercado com alambrado de boa qualidade, porém a cerca não valeu de nada, porque mais da metade da área foi invadida pela perigosa leucena, formando uma mata pura e volumosa da árvore, onde nenhuma outra espécie nasce ou evolue. Outra reclamação minha é o fechamento do parque ao público e eu quero frequentá-lo como sempre fiz. "A presença do povo dentro das Reservas Ambientais é garantia á conservação das mesmas". As margens do córrego que corta o parque, formado em uma vossoroca estabilizada, é muito interessante pela fauna e flora, notadamente aves. Temos urgência em exterminar as leucenas, pois elas são inúteis no local.
Aproveitando o momento da polêmica em que a via que corta o Parque Bernardo Sayão foi fechada pela justiça, sugiro a ornamentação da citada estrada, em toda sua extensão, com plantação de uma fileira de cagaiteiras em uma margem e na outra uma carreira de pequizeiros, bem como o acessos ao Parque, a partir da via, para estacionamentos, dariam melhores condições de conforto ao público frequentador.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
INTERDIÇÃO DE PISTA NO LAGO SUL REVOLTA MORADORES
É louvável a preocupação do MP com a questão ambiental, porém, ao que parece, a justiça é mais atuante quando causa reclamações, usando a máxima que agir bem é contrariar interesses. O impacto ambiental desse atalho sobre o Parque Bernardo Sayão inexiste ou é mínimo e o processo pode tramitar sem precisar fechar a pista. Se alguém deve ser punido, que seja o GDF e nunca a população.
O grande impacto ambiental às reservas ambientais do DF é principalmente a invasão de capins exóticos ao Cerrado. Sugiro que o MP exija que o governo do DF combata esses capins. Isso sim é importante!
G. Nunes/2013: Cerrado invadido por capim braquiária depois de um incêndio
G. Nunes/2013: A mesma área antes do incêndio
http://geraldonunes1.blogspot.com.br/2015/07/cerrado-do-df-plano-piloto.html
G. Nunes/2013: Cerrado invadido por capim braquiária depois de um incêndio
G. Nunes/2013: A mesma área antes do incêndio
http://geraldonunes1.blogspot.com.br/2015/07/cerrado-do-df-plano-piloto.html
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
ASSIMILAÇÃO DE GOLPES POR DILMA
Dilma diz que foi presa, humilhada e torturada pela ditadura militar e que essa pancadaria na rua que toma atualmente é fichinha e lhe afeta muito pouco, que no boxe poderia ser comparada Rocky Balboa. No entanto em questão de assimilação de golpes, acho que ela se assemelha ao Maguila. O tempo vai confirmar.
abaixo o link da surra que George Foreman deu no Maguila.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
JOSÉ DIRCEU NÃO É DINHEIRISTA"
Eu acredito, a afirmativa de Roberto Podval é verdadeira; "o Dep. Bolsonaro é comunista" também o é.
AVES DO BRASIL: AS MAIS BONITAS MANOBRAS AÉREAS - TOP FIVE
5º - Siriri: partindo do poleiro capturam insetos em acrobáticas manobras aéreas e atacam outras espécies apenas em voo.
4º - Caminheiro-zumbidor: sobe em um zigue-zague vertical até
onde nossa vista não alcança e desce espetacularmente em um mergulho ondulado
com asas abertas e um belo e dobrado trinado.
3º - Gavião-peneira: além das elegantes peneiradas , o voo tem sempre o céu como cenário.
2º - Asa-branca: o que mais encanta o observador é o elegante
pouso quando a ave chega aos poleiros ao anoitecer e as manobras cinematográficas em
que bandos imprimem impressionante velocidade entre as árvores, imitando
aviões tipo caça voando entre prédios.
1º - Maria-branca: Assim como asa-branca faz manobras entre árvores ainda mais rápidas, com leveza e elegância maravilhosa.
hors concours: beija-flores.
sábado, 8 de agosto de 2015
AINDA O JAMELÃO
Em post anterior dei prioridade aos atributos negativos do jamelão, poderia ter escrito mais sobre suas boas qualidades e quero me redimir. A fruta é vistosa, tem um bom sabor e a árvore produz uma grande safra, se não fosse sua fácil e rápida deterioração teria um significativo valor comercial. Um dia, matutando como aproveitá-la, resolvi fazer um molho de sua polpa para uma carne assada; achei agradável aos olhos e ao paladar. Penso em preparar um strogonoff com esse molho. Na Região Centro Oeste era desconhecidas até pouco tempo; para se ter uma ideia, em 1965, meu pai trouxe para Brasília uma muda da Paraíba para plantar na sua chácara. Esse espécime paraibano ainda existe e deu origem a mata ciliar quase pura de jamelão que ora ocorre em um trecho às margens do rio Ponte Alta, zona rural do Gama.
Em Brasília, no Plano Piloto, foram plantadas duas variedades de jamelão, uma que tem frutos mais ácidos e pé maior e a tradicional. A variedade ácida produz o ano todo. A tradicional tem duas safras, uma em agosto/setembro e outra em dezembro/janeiro. Os frutos da primeira safra são mais doce devido maior incidência de sol na região nessa época. Um bom ponto de colher jamelão no Plano Piloto é a área verde entre as SQN 216/416 e o lago Paranoá.
Destaco que o jamelão produzido na Caatinga tem melhor sabor que o colhido aqui no Centro Oeste. As condições climáticas da Caatinga não permite que ela se comporte como invasora. Já no litoral nordestino presenciei a invasão do jamelão com gravidade igual ou maior que no DF.
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
ENCLAVE DE MATA ATLÂNTICA NA CAATINGA EM SANTA ROSA-PE
Uma das mais antigas lembrança minhas foi uma travessia que fiz, aos cinco anos de idade, do rio Pajeú em meados da década de 1950 entre Ingazeira e Santa Rosa, em que admirei o grande porte das árvores da mata ciliar que ainda resistiam. Este ano percorri de carro o trajeto entre Ingazeira e Afogados da Ingazeira e avistei ao longe, se não me engano, formações florestais típicas de enclaves da Mata Atlântica. Procurei na internet e não encontrei nada sobre o assunto. Alguém pode me passar alguma informações?
AVES DA CAATINGA: TOP FIVE
Critérios: plumagem vistosa e canto marcante.
5º - Azulão
4º - Sabiá-laranjeira
3º - Graúna
2º - Galo-de-campina
1º - Concriz
5º - Azulão
4º - Sabiá-laranjeira
3º - Graúna
2º - Galo-de-campina
1º - Concriz
sábado, 1 de agosto de 2015
SAPUCAIA: FRAGMENTO DO MEU LIVRO "FLORES, FRUTAS ...
Ao
passar no canteiro frontal à SQN 111, avistei uma grande sapucaia sob a guarda
de uma colmeia de arapuá instalada na planta. Esse fruto é bastante cobiçado e
bem antes de maduro são retirados apenas para aproveitar a cumbuca. Sei que o
momento é inoportuno, porém resolvi subir para colher o coco que contém
castanhas macias e saborosas e apresentá-lo a Antônio e Ellen. Miguel já me
disse que não vale a pena escalar um sapucaizeiro de brincadeira, o perigo está
na sua áspera casca que corta como uma navalha e se acaso uma pessoa escorregar
de barriga pelo seu fuste ou um galho grosso vai ficar com as tripas de fora.
Eu considero essa árvore uma das mais bonitas plantadas no Plano Piloto-DF. Sua
safra é de agosto a outubro. O fruto maduro coincide quando a árvore tem
perdido todas as folhas. Em setembro, vemos as diferentes fisionomias do seu
ciclo anual, uns exemplares ainda tem a folhagem antiga, outros estão
desfolhados e alguns já têm flores e folhas jovens nascidas ao mesmo tempo. São
bonitas flores violáceas, porém essa beleza é apagada pelo vermelho brilhoso
das folhas novas e é nesse momento em que a árvore está no auge de sua
extraordinária formosura. Miguel chegou com a filmadora. Mostrei a ele o plano
para colher o fruto e pedi-lhe para filmar a tarefa. Subi e rapidamente e
peguei o coco. Um homem encontra enorme dificuldade para conseguir colher o
coco do sapucaizeiro usando somente as mãos. Sem um objeto cortante o esforço é
hercúleo. (Uns dias passados um homem tentava derrubar o coco da sapucaia
arremessando um porrete de madeira. Observei Miguel pegar outro porrete, imitar
o homem e dizer “dessa vez você quase acertou” e deixou-o na sua tentativa. Eu
disse “porra! Tu sabes que ele nunca vai derrubar. Qual é a tua”? E ele me
respondeu: “quero lhe impor um trauma para que ele nunca mais use porretes para
derrubar frutas e assim eliminar um concorrente mal educado; se fosse em um pé
de manga ele estragaria dezenas para derrubar a fruta mirada”). O arapuá
me atacou numa proporção maior do que imaginei, e, mesmo não possuindo ferrão
ela incomoda enrolando-se no cabelo e penetrando no ouvido; e para evitar isso
é preciso ficar dando tapas na orelha. Acossado pelas abelhas, achei mais
conveniente descer utilizando um galho como paraquedas de uma altura de onze
metros. O sapucaizeiro é ideal para esse tipo de operação devido ao formato de
sua copa e resistência da sua madeira, que enverga, pode até rachar, mas não se
rompe.
Miguel prevendo a minha peraltice gritou à
moda cigana:
– Cachorro da moléstia! Cancão de fogo! Estás com o cão nos
couros?
Tive uma suave descida e lhe disse:
–
Eu gosto de me amostrar.
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