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domingo, 29 de março de 2015

CACHAÇA MALVADA

Acho impossível alguém que alcoolizado, mesmo os bebedores ditos sociais,  que não passou por situações de vexame, ou ainda pior, correu riscos de vida. Conto casos de terceiros, porque os meus vacilos sob efeito da malvada  eu considero  íntimos. Já testemunhei bêbado procurar confusão gratuita e ser assassinado a pauladas; provocar batidas e atropelamentos dirigindo e ser linchado. 
Porém, os  porres que nunca esqueço foram os de um vizinho e acontecidos no Gama em meados década  1960. Naquela época existia muitos centros de Umbanda, percussores das igrejas evangélicas na questão fazer milagres e arrecadar dinheiro. Pai de Santo, terreiro, trabalho, entidade e exu eram vocábulos conhecidos até por nordestinos, que como eu  na terra natal nunca falaram. Voltando ao porre: O vizinho tomava a cachaça de noite no cemitério e atravessava uma acidentada e profunda grota que tem até cachoeira e quando chegava do outro lado era cheio de cortes e hematomas; quem conhece o local sente o milagre dele não ter morrido. Mas, ele explicava a aventura dizendo que era possuído pelo Exu Ventania, que o maltratava devido a não estar cumprindo suas obrigações com a entidade sobrenatural.

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