UNIVERSIDADE DE
BRASÍLIA – UnB
UNIVERSIDADE ABERTA
DO BRASIL – UAB
INSTITUTO DE
CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE
GEOGRAFIA
LEVANTAMENTO DE INVASÃO DA GRAMÍNEA BRACHIARIA DECUMBENS EM ÁREA INSERIDA NO
ARBORETO DA UNB
GERALDO EDVALDO NUNES
BRASILIA, DISTRITO FEDERAL.
DEZEMBRO 2012
GERALDO EDVALDO NUNES
.
LEVANTAMENTO DE INVASÃO DA GRAMÍNEA BRACHIARIA DECUMBENS EM ÁREA INSERIDA NO
ARBORETO DA UNB
Trabalho Final apresentado ao Departamento de Geografia e
ao curso de Geografia do Pólo de Santa Maria-DF da Universidade de
Brasília/Universidade Aberta do Brasil – UnB/UAB, como requisito parcial da
carga horária e de avaliação da disciplina de Trabalho Final em Geografia.
Orientadora: Prof.º
Msc. Ana Claudia R. Fernandes
Brasília, Distrito Federal
DEZEMBRO/2012
GERALDO EDVALDO NUNES
LEVANTAMENTO DE INVASÃO DA GRAMÍNEA BRACHIARIA DECUMBENS EM ÁREA INSERIDA NO
ARBORETO DA UNB
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENSINO DE GEOGRAFIA APRESENTADA
AO DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO REQUISITO
PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM GEOGRAFIA.
Data
da Aprovação: 15 de dezembro de 2012.
TERMO
DE APROVAÇÃO
Comissão
Examinadora:
____________________________________________________________________
Professora
Msc. Ana Cláudia Fernandes – Orientadora.
Universidade
de Brasília – UnB – Departamento de Geografia.
____________________________________________________________________
Professor
Dr. Mário Diniz – Membro.
Universidade
de Brasília – UnB – Departamento de Geografia
A Floresta Amazônica é exuberante!
A Mata Atlântica é deslumbrante!
A Caatinga é fascinante!
O Cerrado é camarada!
AGRADECIMENTO
Meus agradecimentos à minha orientadora
Professora Ana Cláudia Fernandes que muito me ajudou com suas orientações para
a conclusão desse trabalho de monografia e à minha família pelo o grande apoio.
RESUMO
As invasões biológicas de espécies
exóticas causam grandes prejuízos ao meio ambiente. Espécies animais e vegetais
exóticas invasoras estão presentes em todo planeta. No Brasil destacam-se as
invasões vegetais, presentes em todos seus biomas florestais. O Cerrado tem
todas suas fitofisionomias invadidas por espécies exóticas. As matas são
infestadas por espécies arbóreas. As áreas de cerrado lato senso são invadidas por gramíneas de origem africana, como a Brachiaria decumbens, Pennisetum
purpureum, e Melinis minutiflora
e outras menos significantes. A área do estudo está inserida no Arboreto da UnB
que contém grave infestação de espécies exóticas, sendo a Brachiaria decumbens
responsável pela tomada de mais 75% das porções de cerrado lato senso.
Palavras-chave: invasões
biológicas, espécies exóticas, Cerrado, gramíneas, Brachiaria decumbens.
ABSTRACT
Biological invasions of exotic
species cause great harm to the environment. Invasive exotic animal and plant
species are present throughout the planet. In Brazil it is highlighted the
vegetable invasions, present in all its forest biomes. The Cerrado has all its
physiognomies invaded by exotic species. The woods are infested by tree
species. The broad sense cerrado areas are invaded by grasses of African
origin, such as Brachiaria decumbens,
Pennisetum purpureum, and Melinis minutiflora and other less
significant. The study area is located in UnB Arboretum, which contains severe
infestation of alien species, being Brachiaria
decumbens responsible for taking over 75% of the portions of the broad
sense Cerrado.
Keywords:
biological invasions, exotic species, Cerrado, grasses, Brachiaria decumbens.
SUMÁRIO
Introdução............................................................................................5
Justificativa
e definição do problema...................................................6
Objetivos
..............................................................................................7
Objetivo
geral.......................................................................................7
Objetivos
específicos............................................................................7
Fundamentação
teórica........................................................................7
O
bioma
Cerrado..................................................................................7
O
Cerrado do DF...................................................................................8
Invasão
Biológica do Cerrado por espécies exóticas............................9
Restauração
do
Cerrado.....................................................................11
Material
e método..............................................................................11
Área
de
Pesquisa................................................................................12
Método...............................................................................................13
Pesquisa
de
literatura.........................................................................13
Visita
de
campo..................................................................................13
Resultado............................................................................................13
Mata
ciliar...........................................................................................13
Cerrado
campo sujo............................................................................15
Cerrado
stricto sensu..........................................................................16
Conclusão...........................................................................................18
Referências.........................................................................................19
INTRODUÇÃO
Introduzida no
Brasil com a finalidade de formar pastagens no início década de 1980, a
braquiária (Brachiaria decumbens) se
tornou uma invasora importante de áreas abertas. O bioma Cerrado se mostrou
propício para sua propagação (Carpanezzi 2007). Este trabalho tratará na forma
de inventário e observação dos malefícios à biodiversidade causada pela invasão
da braquiária, em área do Arboreto da UnB no Distrito Federal.
Segundo a
Resolução Comissão Nacional de Biodiversidade(CONABIO) Nº 5 de 21 outubro de
2009 as invasões de espécies exóticas, incluindo vegetais e animais, ao meio
natural representa a segunda maior causa da perda da biodiversidade no mundo.
1,4 trilhões de dólares é a estimativa do prejuízo, causado por essas invasões
na economia global. No Brasil destacam-se as invasões de espécies vegetais
exóticas, principalmente de gramíneas de origem africana. Como exemplos, o
capim annoni (Eragrostis plana Nees)
nos Campos Sulinos, os capins braquiária (Brachiaria
decumbens), elefante (Pennisetum purpureum) e colonião (Panicum maximum) nas regiões Sudeste e
Centro Oeste (Ziller, 2010). No bioma Cerrado as invasões de espécies vegetais
exótica atinge todas fitofisionomias. As matas ciliares degradadas são
invadidas, principalmente, por espécies arbóreas exóticas, como o jamelão (Eugenia jambolana) de origem asiática, a leucena (Leucaena leucocephala) nativa da América Central e México e a
gramínea capim-elefante. As
fisionomias do cerrado lato sensu
sofrem infestações dos capins jaraguá (Hyparrhenia
rufa), gordura (Melinis minutiflora)
e braquiária (Brachiaria decumbens). Os capins elefante, colonião
e andropogon invadem áreas do Cerrado stricto
sensu de modo significante apenas em locais utilizados como depósitos de
entulhos. Destaca-se que no Cerrado lato
senso ocorre apenas invasão por gramíneas, ao menos por enquanto nenhuma
espécie arbórea invadiu agressivamente o Cerrado lato sensu na região do DF e entorno. No DF nota-se, aos olhos
vistos, que o braquiária é o maior invasor vegetal em áreas do Cerrado lato sensu.
A área
estudada está inserida no Arboreto da UnB nas quadras 613 a 616 norte,
Brasília-DF, pertence ao patrimônio da UnB. Mede aproximadamente 15 hectares. O
lugar pesquisado apresenta trechos de mata de galeria, de cerrado stricto sensu e de campo sujo. Um
mosaico de boa representatividade para o bioma Cerrado. O Arboreto é utilizado
pela Universidade para experiências relativas a vegetação do Cerrado e vem
sendo degradado paulatinamente por ações antrópicas desde o início da
construção da capital (Françoso e Corrêa 2007). Atualmente essa porção do
Arboreto é palco de invasão potencialmente devastadora de espécies vegetais
exóticas. O capim braquiária se destaca como o mais importante invasor dessa
área e será o principal tema do estudo. Os capins elefante, colonião e
andropogon estão presentes de modo ralo na mata ciliar e densos em monturos de
entulhos das outras fitofisionomia. No DF nota-se, que a braquiária é
atualmente maior invasora em áreas de Cerrado stricto sensu e das formações campestres.
O Conceito
Hotspot, adotado por estudiosos e organizações ligadas ao conservacionismo,
designa um bioma rico em biodiversidade, grande números de espécies endêmicas e
que tenha alta taxa de degradação. O Cerrado foi incluído como um Hotspot por
ser um bioma com mais de 2 milhões de km2, onde se destaca a flora com mais de
10.000 espécies sendo 4.400 endêmicas e com mais de 50% de sua área desmatada
para fins agropecuários segundo o IBGE. Além do uso do solo do Cerrado pelo
homem, temos na atualidade as invasões de espécies vegetais exóticas que
agravam ainda mais a degradação do bioma. Considerando que no Cerrado exista
grande número de espécies frutíferas comestíveis, medicamentosas e ornamentais,
a exploração humana com sustentabilidade tem um grande potencial, porém para
alcançar um modelo ideal é imperativo investir em pesquisas.
Embora, no
presente, os prejuízos das invasões de plantas exóticas sejam pouco
significativos ao total do bioma Cerrado, os estudiosos e órgãos competentes
entendem que as perspectivas futuras é deveras preocupante e que são urgentes
medidas para conter esse avanço, notadamente em unidades de conservação do
bioma. É preocupante constatar que apenas trinta anos após suas introduções no
Brasil a leucena e a braquiária já invadiram áreas numerosas e de grandes
dimensões. No DF constata-se a infestação pela braquiária em todas suas
unidades de conservação ambiental. Em áreas de cerrado lato sensu urbanas, com nível de degradação maior, a cobertura pela
braquiária é quase total.
Assim, a
pesquisa teve como objetivos identificar a invasão de espécies vegetais
invasoras no bioma cerrado, inventariando a infestação da espécie capim
braquiária em área inserida no Arboreto da Universidade de Brasília – UnB,
identificar espécies invasoras vegetais no bioma cerrado, descrever as
características da paisagem atual estudada, analisar a infestação da espécie
capim braquiária no Arboreto da Universidade de Brasília.
2. O BIOMA CERRADO
O Bioma
Cerrado ocupa 2.036.448 km2, 23,92% do território brasileiro (IBGE 2010). Classificado como um Hotspot em razão da excepcional biodiversidade e apresentar degradação ambiental em alto grau. Mais de 11.000 espécies vegetais já foram catalogadas e é considerado a mais rica savana mundial. É concentrado no Planalto Central Brasileiro,
porém está presente em todas regiões brasileiras. Caracteriza-se, principalmente,
pela vegetação esparsa, árvores tortuosas e solos distróficos. Nos estados do
Paraná, Ceará, Pernambuco e Amapá o Cerrado se apresenta na forma de enclaves.
Destacamos o enclave de cerrado da Chapada do Araripe onde a coleta do Pequi (Caryocar brasiliense), vegetal típico
do bioma, faz do estado do Ceará o
maior produtor nacional desse fruto em termos comerciais(IBGE, 2010). O Cerrado é cortado pelas
três principais Bacias Hidrográficas brasileiras (Amazônica, Prata e São
Francisco) e por isso é conhecido como o Berço das Águas.
O Cerrado é
constituído de um mosaico de fisionomias vegetais, alterna-se na paisagem
trechos de floresta ombrófila, mata seca, cerradão, cerrado típico, vereda e
formas campestres. São inúmeros tipos de fitofisionomias (Walter, 1986 apud
Pivello, 2011). Sob influência do clima Tropical Úmido (KÖppen Aw) com as
estações seca e chuvosa bem definidas; com precipitação média anual de 1.600
mm.(FUNATURA/MMA, 2005 apud Klink e Machado, 2005 ). O Cerrado tem
características savânicas ( Walter, 1971, apud Pivello, 2011).
2.1 O cerrado do Distrito Federal
IBGE 2010
O DF está
inserido no bioma Cerrado e contém todas fitofisionomias do bioma. O DF tem 45%
do seu território ocupado por Unidades de Conservação e outras áreas de
proteção legalmente instituída (Salgado e Galinkin, 2004).
Destaca-se no
DF unidades de conservações ambientais do Cerrado como o Parque Nacional de
Brasília, o Jardim Botânico e Águas Emendadas. Também é realce também os 70
parques ecológicos legalmente implantados (Salgado e Galinkin, 2004). Mesmo
sendo um território privilegiado em termos de áreas de conservação o DF tem
graves problemas ambientais, notadamente na poluição dos seus cursos d'água e invasões
antrópicas nas áreas de proteção ambiental (Salgado e Galinkin, 2004).
2.2
Invasões Biológicas de espécies exóticas
Figura
2: cerrado infestado de braquiária. Fotografia, Nunes, G. 2012
É considerada
invasão biológica exótica quando espécies animais ou vegetais vindas de outras
regiões se estabelecem e se alastram em novo ecossistema causando danos às
espécies locais. (Pivello, 2011). Calcula-se US$ 1,4 trilhão no mundo e US$ 49
bilhões no Brasil o prejuízo causado pelas invasões biológicas(Instituto Horus
2012).
Um
invasor exótico animal em destaque é o mexilhão dourado (Limnoperma fortunei),
um molusco de origem asiática e grande capacidade de reprodução e dispersão que
vem causando sérios prejuízos ao Brasil, principalmente a região Sul, na forma
de grandes colônias fixas, ele enguiça motores de barcos, entope tubos
hidráulicos bem como prejudica a flora aquática (Instituto Hórus, 2012). O
aguapé (Eichhornia crassipes ), originário da América do Sul, se tornou o pior
invasor de ambientes aquáticos do mundo ( Holm et al 1969, apud Martins e
Pitelli 2005 ). Hoje, no DF temos o Lago Paranoá, fortemente infestado de
aguapé. (DF TV, 2012)
Espécies
vegetais arbóreas de invasoras exóticas se estabelecem principalmente em área
degradadas de florestas. As áreas abertas são contaminadas, na maior parte, por
gramíneas também exóticas (Pivello, 2011). No RS o capim Annoni já invadiu mais
de um milhão de hectares dos Campos Sulinos e a área atingida continua a
crescer (Medeiros e focht, 2007). No DF o Annoni também se estabeleceu, porém
atinge com agressividade apenas terrenos mais férteis. No cerrado lato sensu a
invasão pelo Annoni é insignificante. A gramínea mais versátil é a braquiária,
pois consegue invadir qualquer tipo de terreno limpo ou pouco sombreado, seja
de solo pobre ou fértil. ( Pivello, 2011). A colonização, dita civilizada, do
Cerrado começou com fazendas de criação de gado bovino, atividade que cresceu
com o ciclo da mineração. Como o pasto nativo era insuficiente foram
introduzidas ao longo do tempo gramíneas de origem africana. As primeiras foram
o capins gordura (Melinis minutiflora) e o jaraguá (Hyparrhenia rufa).
Carpanezzi 2007) Já nos meados do século XX foram introduzidas diversas outras
espécies de gramíneas, entre as quais os capins braquiária e elefante. Todas as
espécies de gramíneas exóticas citadas estão naturalizadas na região do
Cerrado. A braquiária é atualmente a invasora exótica mais prejudicial ao
Cerrado. (Bazzo et al, 2004). “Tratando-se da braquiária no Cerrado o controle
é prioritário, pois significa a sobrevivência do ecossistema da unidade de
conservação invadido” (Costa, 2011). “A presença de gramíneas africanas é
praticamente certa, hoje em dia, em qualquer área de cerrado, especialmente nas
unidades de conservação” (Pivello 2011). Estas e outras opiniões entre os
estudiosos confirma que a braquiária representa um grande risco às unidades de
conservação e ao Cerrado como um todo.
No DF a
situação é grave, a braquiária contaminou em grande percentual, todas áreas de
cerrado lato sensu, com mais
intensidade os locais urbanos ( Paranhos, 2012). (figura 2).
Abaixo,
conforme Carpanezzi, (2007) ficha descritiva da braquiária (Brachiaria decumbens)
Dispersão: anemocórica e zoocórica
Características gerais: planta perene com cerca de 1m de altura,
ereta ou decumbente, entouceirada, rizomatosa, com enraizamento nos nós
inferiores em contato com o solo, denso pubescente, de coloração geral verde
escura, folhas rígidas e esparsamente pilosas; grande produção de sementes. As
folhas são em bainhas estriadas, mais compridas que os entre nós, envolvendo
completamente o colmo. Lâminas lanceoladas ou linear lanceoladas, de base
arredondada e ápice acuminado, com até 18 cm de comprimento por 1,5 cm de
largura; hirsutos em ambas faces; margens espessas, finamente crenuladas em
certos trechos. A planta é bastante enfolhada. Na parte terminal dos colmos
surgem panículas racemosas com 2 a 5 racemos distanciados entre si, que se
dispõe de forma ascendente. Características que facilitam a invasão: planta
muito utilizada como forrageira, por ser rústica, de crescimento rápido e
grande produção de biomassa. Forma banco de sementes no solo e grandes
quantidades de sementes permanecem viáveis por longo período. As touças
rebrotam, após pastejo ou destruição da parte aérea. Ambientes preferenciais de
invasão: em áreas abertas degradadas pelo fogo e ou com revolvimento de solo;
também sob plantios florestais de dossel aberto. Principal dano ambiental:
modificação do ambiente campestre, com exclusão ou redução de espécies nativas.
2.3 Restauração do Bioma Cerrado
O Cerrado, na
sua totalidade, tem mais de 50% de sua área desmatada. Em certas regiões, como
exemplo do estado de São Paulo, ficaram apenas pequenas áreas intactas. A
secretaria de Meio Ambiente desse estado apresenta programas de restauração de
áreas de Cerrado que servem de bons exemplos para todo Bioma (durigan et al
2011).
Em todas as
unidades de conservação do Cerrado há invasão pela braquiária (durigan et al
2011). A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo tem programa para
recuperação de áreas de Cerrado degradadas invadidas pela braquiária e sugere
três técnicas à recuperação da cobertura vegetal conforme o estágio de
degradação: regeneração natural, enriquecimento e plantio convencional (Durigan
et al 2011. Para a regeneração natural é necessário que área contenha pelo
menos 500 indivíduos lenhosos/hectare pertencentes a, no mínimo, 30 espécies.
No uso da técnica do enriquecimento, onde existam menos de 500 indivíduos
lenhosos plantam-se mudas até se alcançar 2000 indivíduos/hectare, no plantio
convencional, a terra nua é reflorestada com números ideais acima citados. A
Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo sugere ao combate de
espécies exóticas o controle químico, controle mecânico, controle biológico e
manejo ambiental. (Durigan et al 2011). A Portaria Ibama nº 14 de 26 de maio de
2010, aceita a utilização de herbicidas para o controle de espécies invasoras
em reservas ambientais acatando a constatação feita por especialistas que o
controle químico é o mais eficiente nesses casos (Durigan et al 2011).
3. MATERIAL E MÉTODO
3.1
Área da pesquisa
Figura
3: área da pesquisa circundada por linha vermelha. Google Earth, 2012
O terreno foi
escolhido por apresentar fitofisionomias representativas do Bioma Cerrado. Tem
uma logística que favorece as visitas de campo. O terreno está infestado de
invasoras exóticas, entre as quais, a braquiária considerada a mais agressiva.
O local da
realização da pesquisa está inserido no Arboreto da UnB. O Arboreto é uma Área de Preservação pertencente à APA do Lago Paranoá. O Arboreto é utilizado para
estudos e pesquisas florestais pela UNB e tem área total de 43 hectares. A área do Arboreto incluída na pesquisa situa-se na parte norte, nas quadras 613 a 616
norte, Brasília-DF. O centro do Terreno tem coordenada 15º44'03”S e 47º57'50''O
e mede aproximadamente 15 hectares. O terreno do estudo é dividido em três
fitofisionomia do bioma Cerrado: cerrado stricto senso, cerrado campo sujo e
mata ciliar. (figura 3).
3.2 Método
A metodologia
para estudo da invasão biológica será dividida será dividida em duas etapas:
pesquisa de literatura que tratam da questão e observação através de visitas de
campo.
3.2.1 Pesquisa de literatura
A pesquisa de
fundamentação foi retirada em sites
da internet e livro que trata do tema.
3.2.2 Visita de campo
Foram
necessárias 60 horas para observar e inventariar espécies exóticas invasoras e
nativas remanescentes, data inicial em 01.08.2012 e final em 30.11. 2012.
Nessas visitas foram observadas as espécies exóticas invasoras, vegetação
nativa e fotografar espécimes e paisagem relevantes ao estudo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Mata ciliar
A área da
mata ciliar mede cinco hectares(Google Earth, acesso em 25.09.2012). Sob o
aspecto florístico a mata apresenta três porções:
Primeira Porção: é composta de
remanescentes originais de uma mata decídua, com espécies comuns ao Cerrado,
Mata Atlântica e Floresta Amazônica, como exemplos o angico, o jequitibá e a
pimenta-de-macaco-da-mata (Piper aduncum).
Essa primeira porção fica na parte norte da mata e em suas bordas e representa
a 1/2 da área da mata; nos locais mais abertos há invasão rala dos capins
andropogon (Andropogon gayanus) e
elefante (Pennisetum purpureum).
Segunda Porção: mede ¼ da mata,
situada no centro, está representada, principalmente, pelas espécies invasoras
exóticas arbóreas jamelão, grevilha (Grevillea banksii) e a nativa pimenta-de-macaco-da-mata. Há trechos puros de
jamelão. Mesmo o jamelão sendo a espécie dominante, a pimenta-de-macaco-da-mata
e a australiana grevilha têm grande representatividade.
Terceira Porção: população pura
da pimenta-de-macaco-da-mata (Piper
aduncum); está situada em algumas áreas junto aos fluxos d'água, mede ¼ da
mata. Em lugares mais abertos existe em grau insignificante invasão do capim
elefante (Pennisetum purpureum).
Afluem à mata
dois cursos d'água. Um, proveniente da Lagoa do Sapo, no vizinho Parque Olhos
d'Água. O segundo nasce na entre quadra norte 212/213 e atravessa o Parque
Olhos d'Água. O segundo córrego originou-se de uma grande voçoroca,
desenvolvida provavelmente no início da construção de Brasília. Existem traços
dessa voçoroca desde a 212/213, atravessa o Parque Olhos d'Água e a mata
estudada até a avenida L4. Ao observar as margens da voçoroca temos a visão da
colonização vegetal consumada por pioneiras nativas antes do surgimento das
perigosas invasoras exóticas. Assim, há trechos da voçoroca povoada pela
quaresmeira (Tibouchina granulosa),
pombeiro, pimenta-de-macaco-da-mata e imbaúba, espécies pioneiras nativas em voçorocas
estacionadas. Uma segunda degradação aconteceu na voçoroca com a construção de
prédios das SQN 212 e 213 na década de 1990 e nessa época, como a leucena já
tinha um grande potencial invasor no DF, foi a espécie que povoou esse novo
nicho. Observam-se atualmente nas superquadras citadas acima, áreas de tamanhos
significantes, com população exclusiva de leucena. Já na mata estudada a
leucena chegou atrasada e o local degradado foi colonizado pelas invasoras
exóticas jamelão e a grevilha (Grevillea
robusta) e as nativas pimenta-de-macaco-da-mata e pombeiro (Tapiríra marchandii). Outro bom exemplo
sobre invasões de espécies vegetais exóticas no bioma Cerrado está no Parque
Olhos d'Água: Antes da chegada da terrível leucena, em uma área degradada,
junto ao parque infantil, aconteceu a formação de um trecho de população pura
da pioneira nativa pau-jacaré (Piptadenia
gonoacantha). Já outra área, também junto a esse parque infantil, degradada
em tempo mais recente, existe um bosque puro de leucena. Existem ainda como
invasoras a maria-sem-vergonha e a mamona originárias da África. A mamona foi
introduzida no Brasil no período colonial e é uma invasora que se comporta como
uma verdadeira pioneira. A bananeira de origem asiática é outra invasora de bom
comportamento encontrada na mata. Nascem na mata espontaneamente maracujá azedo
e o doce. Tais maracujás produziam até pouco tempo bons frutos, porém foram
atacados por uma virose, que endurecem os frutos antes do amadurecimento (Anjos
et al 2001). Informações extraoficiais dizem que esse vírus foi responsável
pela quase extinção no DF do nativo e doce maracujá-do-cerrado que também a
pouco tempo era comum nas bordas de matas ciliares e em cerradões e hoje está
praticamente extinto. Essa virose está circunscrito á mata, pois a 300 metros
da mata, na cerca próxima à Av. L4 no vizinho terreno da Reserva Biológica, há
pés de maracujás com frutos sadios. Curiosamente, na SQN 111 foi plantado um pé
de maracujá-do-cerrado que produz bons frutos. Existem também no interior da
mata vários pés de jabuticabeiras.
A fauna da
mata é representada pela presença marcante de aves. Ocorrem também peixes e uma
espécie de tartaruga. A espécie de tartaruga tem população significante e se
concentra no poço do bueiro sob a av. L2 norte do córrego que nasce na entre
quadra 212/213. Nas águas desse mesmo córrego habita os peixes lambari e o
ornamental exótico espadinha (Xiphophorus
helleri), originário da América Central. As espécies vegetais jamelão,
pimenta-de-macaco-da-mata, grevilha e pombeiro, que dominam 50% da área da
mata, e representam mais de 80% em indivíduos são muito apreciadas por
pássaros. Ocorrem aves interessantes como o soldadinho, trinca-ferro, sabiás, pica-paus,
beija-flores e é comum o guriatã, exímio imitador do canto de outras aves.
Frequenta a mata o bico-de-lacre, ave de origem africana. O bico-de-lacre é a
única ave exótica naturalizada no Brasil que não fica apenas em lugares
humanizados. Devido a presença da grevilha, semperflorens,
rica na produção de néctar, a mata é um bom ponto de observação de várias
espécies de beija-flores. Avistou-se na mata cães e gatos domésticos
asselvajados. Esses animais ferais são mais fugidios aos humanos que qualquer
espécie silvestre. A boa camuflagem dos gatos e o faro aguçado dos cães os
ajudam evitar os humanos e facilitam a predação. Catadores de lixo usam,
preferencialmente, as bordas da mata como depósitos de lixo reciclável e também constroem barracos
temporários para moradias. Moradores de rua da Asa Norte frequentam a mata para
tomar banhos e lavar roupas no córrego originário da Lagoa do Sapo no Parque
Olhos D'água.
4.2 Cerrado campo sujo
Localizado ao
sul da mata ciliar, área mesurada de sete hectares (Google Earth, acesso em
25.09.2012). Destacam-se as espécies arbustivas e herbáceas nativas ao meio do
capim braquiária. A braquiária ocupa mais de 75% da área. Há dezenas de
espécies herbáceas nativas de belas flores.
Atualmente existe um grande
número de espécies arbóreas e também de espécimes. Há espécies plantadas pelo
homem como ingá-mirim, ingá-feijão, aroeira e árvores típicas nascidas
espontaneamente e de maneira mais abundante que no nicho original como o
barbatimão (Stryphnodendron adstringens
), jacarandá-do-cerrado ( Dalbergia
miscolobium ) e o pequi. Nota-se que área é um campo sujo devido a locais
conservados que indicam que este local pertence originalmente a essa
fitofisionomia. O ingá-mirim tem sido prejudicado pelo fogo imposto pela
braquiária, com todos os indivíduos se desenvolvendo em forma de touceiras,
nenhuma muda com apenas um fuste.
Em 2012 não
ocorreu fogo nessa área de Campo Sujo.
Levando em
conta o grau de contaminação pela braquiária se vê dois tipos de
fitofisionomias: a primeira
fitofisionomia corresponde a áreas de infestações densas da braquiária, localizadas próximas às rodovias
(Avenidas L2 e L4) e da mata ciliar. A diversidade e quantidade de indivíduos
de espécies nativas são baixas. Nesse nicho se destaca a presença abundante do
arbusto Alecrim-do-campo (Baccharis
dracunculifolia), ausentes nas outras fitofisionomia. Ocorre também a bolsa
de pastor (Zeyheria montana). Existem
apenas espécies arbóreas remanescentes ou germinadas antes do surgimento da
braquiária, o processo sucessional para esse hábito inexiste. As herbáceas
gabiroba e cajuí (Anacardium humile)
foram extintos.
A segunda fitofisionomia é onde a
contaminação pela braquiária é de grau médio e baixo. Acumã (Syagrus flexuosa), catuaba (Anemopaegma glaucum) e murici rasteiro (Byrsonima basiloba) são as espécies que
resistem em bom número de indivíduos produtivos. A gabiroba e cajuí restam
algumas moitas decadentes.
4.3 Cerrado Stricto Sensu
Área situada
ao norte da mata ciliar, com área de aproximadamente três hectares (Google Earth,
acesso em 25.09.2012). A vegetação é composta de espécies arbóreas típicas do
Cerrado, gramíneas nativas, os exóticos capins jaraguá e gordura em pequenas
áreas e densa cobertura do capim braquiária em mais de 75% do terreno. Não há
invasores de hábito arbóreo.
Uma área de
1,5 hectares do terreno foi usada como cascalheira na década de 1970. (Françoso
e Corrêa, 2007) Duas décadas depois foram plantados para experiência e estudo
as espécies ingá-feijão (Inga marginata)
e quaresmeira (Tibouchina stenocarpa) nessa área de mineração
(Corrêa, et al 2005). A área mais afetada, em termos de perda vegetal, da
cascalheira mede 0,5 hectare, onde quarenta anos após o fim da mineração ainda
persiste lugares nus. Os ingazeiros plantados tiveram um bom desenvolvimento e
em 2012 estão produzindo frutos. Um desses ingazeiros situado em área mais
infestada de capins não suportou o fogo mais intenso e está quase morto.
Provavelmente os ingás-feijão não resistirão aos incêndios típicos do cerrado stricto sensu normal. A área mais alta da cascalheira está fortemente
invadida pela braquiária. Na borda da cascalheira, onde ficou depositado o
entulho da derrubada, nasceram com uma densidade maior que o normal, as
espécies arbóreas jacarandá-do-campo e o barbatimão (Silva Júnior, 2005). Vale
a pena ressaltar que uma exploração de cascalheiras nos dias de hoje, nasceria
a terrível leucena onde germinaram jacarandás e barbatimões.
Em tempo
recente foram plantadas centenas de mudas na parte norte. Ao que parece
espécies originárias da fitofisionomia da região do cerrado “mata seca”.
Excetuando alguns indivíduos de aroeira na borda, todas as mudas morreram com
incêndio na braquiária. A duração de vida de tais mudas foi de apenas 2 anos.
Afora a
cascalheira, pode-se dividir o terreno em quatro porções: A primeira porção
situa-se ao leste, é dominada pelo jacarandá-do-campo e ocorre infestação forte
da braquiária. A segunda porção localiza-se ao sul, é dominada pelo barbatimão
e ocorre intensa invasão de braquiária. A terceira porção é dominada pela
pau-terra-da-folha-pequena, situada ao oeste, também infestada fortemente pela
braquiária. A quarta porção é localizada no centro e comporta grande
diversidade em número de espécies vegetais típicas do cerrado stricto sensu, sendo rala a invasão da braquiária.
No início de
setembro do corrente ano ocorreu um grande incêndio, queimando a totalidade do
extrato herbáceo (figura 4). Um mês após o fogo, grande profusão de vegetais
herbáceos nativos rebrotou e cresceu muito mais rápido que a braquiária (figura
5). A área se transformou de um local onde a braquiária dominava para um jardim
denso de herbáceas nativas floridas. É admirável que ocorrem essas brotações
viçosas sem haver chuvas. Se destaca o jacarandá-do-campo que em 20 dias após o
fogo uma vareta rebrotada cresceu mais de 1,3 metros ou mais de 5 cm por dia.
Com o terreno limpo da braquiária pelo fogo, observa-se que os vegetais
lenhosos novos morrem ou não se desenvolvem a contento. Três meses depois do
incêndio a braquiária já domina a paisagem. Relevante também a estratégia da
cagaiteira de crescer o fuste maior que o normal para que o fogo não atinja a
sua copa e assim obtém produção de frutos. Foram encontradas por acaso 3
colmeias da abelha sem ferrão, de saboroso mel, a nativa jataí ( Tetragonisca
angustula) em pés de pau-terra-da
folha-miúda e pequizeiro. Avistou-se
também uma colmeia da agressiva abelha africanizada. Tal abelha, híbrido de
cruzamentos entre abelhas europeias e africanas, tem no DF milhares de colmeias
asselvajadas.
O regime de
incêndios imposto pela braquiária deixa o hábito arbóreo sem processo de
sucessão. Avista-se, no momento, muitos indivíduos novos de jacarandá-do-campo,
pequizeiro, barbatimão e dedaleiro ( Lafoensia
pacari ), todos com o fuste morto pela queima. Agora, essas mudas rebrotam
com numerosas hastes, formando moitas anômalas.
Figura 4: cerrado stricto sensu após incêndio recente.
Fotografia, Nunes, G.2012
Figura
5: Rebrotamento do cajuí após incêndio. Fotografia, Nunes, G. 2012
CONCLUSÃO
Verifica-se
que qualquer restauração em áreas degradadas do Bioma Cerrado, o combate a
braquiária é imprescindível. O sombreamento pela densa camada da braquiária
prejudica o extrato baixo, porém o fogo é o grande potencializador do seu poder
destrutivo. Além de não deixar novos espécimes lenhosos se desenvolverem, a
queima da braquiária enfraquece plantas adultas com sequelas incuráveis em seu
tronco. Notam-se pequizeiros, barbatimões e outras espécies na área de estudo
atingidas gravemente pelo fogo.
Consiste uma
hipótese plausível que o fogo no Cerrado lato
sensu faça parte do clímax da sua
vegetação, indicada pelas cascas dos caules das árvores e órgãos subterrâneos,
como os xilopódios, dos extratos herbáceo e arbustivo. Porém com os incêndios
da braquiária quase sempre anuais fatalmente surgirá uma nova fitofisionomia do
cerrado: campo limpo exclusivo desse capim. Sugere-se aos órgãos competentes a
eliminação da braquiária, pois foi constatado na pesquisa o grande malefício
causado ao Cerrado em pequeno intervalo de tempo.
As outras
gramíneas exóticas citadas que ocorrem na área do estudo também causam
prejuízos, mas sem o poderio da braquiária.
Das invasoras
arbóreas exóticas da mata ciliar, a mais prejudicial é o jamelão, pois debaixo
delas adulta nenhuma outra espécie vegetal se desenvolve. É importante
ressaltar que o jamelão tem invadido muitas outras áreas no DF. A grevilha,
assim como toda planta invasora exótica acarreta preocupação, porém, ao menos
no DF não consta como agressiva e as aves nectarívoras a consideram uma bela
aquisição às nossas matas. Seria interessante que os espécimes de
jabuticabeiras fossem transplantadas para lugares abertos e assim produziriam
frutos. Jabuticabeira situada em local muito sombreado ficam centenárias sem
nunca frutificar. Sugere-se que esses pés de jabuticaba sejam doados ao Parque
Olhos D’água, lá tem lugares ideais para plantá-las e boas condições de
manutenção.
Inexistem
programas visíveis de restauração de áreas de Cerrado lato sensu no DF com
espécies típicas. Quando acontece são com mudas de outra fitofisionomia ou até
de outros bioma e com descaso com os recursos gastos. Como exemplo se tem a
plantação perdida na área estudada do cerrado stricto sensu. Esse mau
êxito faz lembrar outro fracasso que foi uma tentativa de plantar-se um “jardim
do cerrado”, no início da implantação do Parque Olhos D’água, onde dezenas de
espécies típicas do Cerrado produtoras de flores foram transplantadas, entre
elas a canela-de-ema e a lobeira, sobrevivendo apenas a palmeira acumã. O
insucesso de tal “jardim do cerrado” deu oportunidade a invasão da leucena. O
Arboreto por ser uma Área de Preservação Ambiental (APA) seria mais assertivo
reflorestar com espécies típicas.
Gatos
domésticos e cães asselvajados estão extinguindo, localmente, espécies de aves
de vocalizações ícones dos amantes do bucolismo como o juriti, nambus chitã e
chororó, frango-d’água-azul e a saracura-três-potes. Coincidentemente, são aves
muito apreciadas pelo homem devido a sua carne saborosa. Outra ave desse grupo
é o ingênuo jaó. O jaó foi uma das primeiras aves a se tornar rara ou talvez
até extinta no DF. Segundo pesquisa divulgada em janeiro de 2013 pela revista Nature
Communications, os gatos domésticos matam entre 1,4 e 3,7 bilhões de
pássaros todos os anos nos EUA (Revista Veja, 2013).
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