* inspirado na frase de Leon Tolstói: "cante tua aldeia e serás universal".
Não há dúvidas, certos "intelectuais", visto a derrocada das economias socialistas, ficaram sem condições de atacar o capitalismo tendo a teoria marxista como contraponto. Venderam tantos livros, ganharam bom dinheiro em concorridos seminários e palestras em que europeus charmosos e bonitões faziam grande sucesso no mundo acadêmico da América Latina como grandes pensadores esquerdistas. O vexame é maior ao saber que eles não tinham nenhum prestígio em seus países de origem. Eram apenas finos malandros. Infelizmente esses pseudointelectuais se adaptaram, e continuam a demonizar o capitalismo e as nações ricas, agora, dizem eles, em defesa do Meio Ambiente.
Obviamente, o agronegócio causa impactos negativos ao meio ambiente. No momento penso, com preocupação, na nova fronteira agrícola situada nos ricos ecótonos Cerrado/Floresta Amazônica e Cerrado/Caatinga no Maranhão e Piaui. Todo cuidado é pouco: os gaúchos são terríveis! Mas culpar o capitalismo e as grandes potências não nos levará a nenhum resultado positivo prático. Ao contrário, precisamos urgentemente de dinheiro e das grandes potências, para se obter investimentos e tecnologias á conservação do nossas riqueza naturais. Não tenho dúvidas, o lucro é imprescindível ao sucesso da sustentabilidade ambiental. Ao menos no Brasil, o Estado está se mostrando incapaz de resolver as graves questões ambientais que nos aflige.
Agora vamos ao tema do título do post: deixemos em segundo plano o aquecimento global e as questões da degradação ambiental em nível nacional e vamos priorizar apenas as Reservas Ambientais do DF. Essas reservas estão sendo atacadas, principalmente, por invasões de espécies exóticas e incêndios florestais. O fogo faz parte do clímax, no estágio atual do Cerrado, porém as invasões de capins exóticos, especialmente o braquiária, potencializam malignamente os incêndios. A tragédia é desencadeada pelo o aumento da massa de combustão e a redução do tempo de intervalo entre os incêndios. Vamos combater diretamente esses invasores, pois o trabalho dos Bombeiros de apagar incêndios no cerrado é inútil do ponto de vista ambiental. Se acaso houver, em terreno invadido por braquiária, um intervalo maior entre um incêndio e outro, o mal causado pelo fogo também é maior. A única solução que enxergo é a privatização de tais reservas com atividades lucrativas paralelas á conservação.
Imagens da quaresmeira em mata secundária antes do surgimento da leucena no Cerrado
Pau-pombo, quaresmeira e outras espécies pioneiras em capoeira úmidas onde nasciam antes do aparecimento da leucena
mata de leucena na 213 norte
Cerrado invadido por braquiária com árvores mortas em incêndios anteriores